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sexta, 23 de maio de 2025
"Diga não ao CDHU"

Moradores protestam na Câmara Municipal contra a construção de moradias populares no Santa Felícia

21 Mai 2025 - 08h10Por Abner Amiel
Manifestantes levaram uma faixa até a Câmara Municipal - Crédito: Abner AmielManifestantes levaram uma faixa até a Câmara Municipal - Crédito: Abner Amiel

Moradores dos bairros Santa Felícia, Jardim Paraíso e de condomínios da região compareceram à sessão ordinária da Câmara Municipal de São Carlos na tarde desta terça-feira (20) para protestar contra a construção de unidades habitacionais populares na Avenida Bruno Ruggiero, no Santa Felícia. 
Com cartazes exibindo frases como “Diga não ao CDHU”, “Resolva os problemas de infraestrutura do bairro” e “Nas eleições, vote consciente”, os moradores argumentam que a região não possui estrutura adequada para receber o empreendimento. De acordo com um panfleto distribuído durante o protesto, são recorrentes os problemas de falta d’água, ausência de vagas em creches e escolas, unidades de saúde sobrecarregadas, poucas áreas de lazer e falhas na segurança pública. O panfleto informava que o projeto prevê a edificação de até 400 apartamentos distribuídos em 26 blocos de quatro andares, com somente 51 vagas para veículos. “Não temos infraestrutura no bairro, falta água todos os dias, sem exceção. Tenho vários protocolos no SAAE, tenho reclamações no Ministério Público e outros moradores também”, reclamou o morador Eric Texeira. “Não somos contra CDHU e moradias populares, somos contra a construção no nosso bairro que já está sobrecarregado”, completou.

Durante a sessão, os moradores foram recebidos pelos vereadores Dé Alvim (Solidariedade) e Fábio Zanchin (Solidariedade), que se comprometeram a intermediar uma reunião com representantes do Executivo. O encontro com membros do alto escalão da Prefeitura deve ocorrer nos próximos dias.
Mais cedo, o assessor especial de infraestrutura urbana da Prefeitura, João Muller, comentou a polêmica durante entrevista. Para ele, São Carlos vive um “apartheid social”, refletido, segundo disse, no preconceito demonstrado por moradores da região contra pessoas de baixa renda. Muller afirmou ainda ter sido vaiado dez vezes em apenas uma hora durante uma audiência pública realizada no anfiteatro da Prefeitura, onde foram debatidos os impactos do projeto habitacional.
“Não somos preconceituosos, essa não é a questão. Estamos reclamando da falta de estrutura. Moradores antigos do bairro falam de problemas de infraestrutura que o bairro tem há mais de 20 anos. Será que a Prefeitura vai resolver agora" crossorigin="anonymous">

O debate sobre a viabilidade e os impactos da construção das moradias populares deve continuar nos próximos dias, com a realização de uma nova rodada de reuniões entre moradores, vereadores e representantes do governo municipal.

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