
Aconteceu no último sábado, 17, a primeira edição do Patas Terapêuticas, evento inédito realizado em São Carlos que uniu educação, inclusão social e o poder transformador da convivência com cães de e emocional. A ação contou com a participação de cerca de 200 pessoas — entre crianças, familiares e educadores.
Idealizado pela diretora da Cemei Papa João Paulo II, Marina Magalhães Bonaldi da Costa, pela professora de educação infantil Lia Guimarães, em parceria com o especialista em comportamento canino Michael Simão, da Villa Pet, o evento teve como principal objetivo proporcionar experiências afetivas e sensoriais para crianças neurotípicas e neurodivergentes da rede municipal, por meio da interação segura com cães preparados para atuar em contextos educativos e terapêuticos.
Com o crescimento do projeto, a ação contou também com a participação de todas as escolas da Região 8 da Secretaria Municipal de Educação: Cemei Victorio Rebucci, Cemei João Muniz, Cemei Octávio de Moura, Cemei Therezinha Rispoli e Emeb Janete Lia. A atividade foi realizada no ginásio municipal de esportes José Favoretto e mobilizou profissionais da educação, equipe técnica da Villa Pet e toda a comunidade escolar.
Durante toda a manhã, os alunos participaram de momentos de convivência com os cães, vivenciando situações de acolhimento, socialização e estímulo emocional. A atuação dos cães — treinados para responder com equilíbrio e segurança ao contato com o público — foi conduzida pela equipe da Villa Pet, centro de adestramento e reabilitação com mais de 10 anos de atuação em São Carlos.
“Muitas vezes, a presença de um cão torna possíveis interações que, de outra forma, não aconteceriam. Os cães oferecem um tipo de acolhimento que não julga, não exige resposta imediata, e isso cria um ambiente mais seguro emocionalmente para as crianças explorarem o convívio”, afirmou Michael Simão, especialista em comportamento canino e responsável pela ação. “Esse tipo de trabalho só é eficaz quando feito com responsabilidade e preparo, respeitando os limites dos cães, das crianças e da família.”
“Mais do que uma atividade diferente, esse evento trouxe uma vivência real de respeito, empatia e inclusão. As crianças se expressaram, se aproximaram umas das outras e viveram momentos de conexão que dificilmente esquecem”, completou Marina Bonaldi, diretora da Cemei Papa João Paulo II. “É o tipo de ação que amplia o olhar e o coração.”
A expectativa dos organizadores é que o Patas Terapêuticas se consolide como uma proposta contínua de vivência afetiva e inclusão dentro do ambiente escolar, reforçando o papel dos cães como mediadores naturais de vínculos humanos.