
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) divulgou um levantamento apontando um expressivo crescimento nos mercados de venda e locação de imóveis em São Carlos e região durante o mês de abril de 2025. O estudo comparou os resultados com os dados obtidos em março, mostrando um cenário de recuperação e aquecimento do setor imobiliário.
Segundo o CRECISP, as vendas de imóveis cresceram 55,09%, enquanto os novos contratos de locação aumentaram 48,96%. A pesquisa ouviu 77 imobiliárias nas cidades de Araraquara, Casa Branca, Matão, Porto Ferreira, Santa Cruz das Palmeiras, São Carlos e São José do Rio Pardo.
Para o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, os números confirmam uma tendência de recuperação no setor:
“No acumulado do ano, as vendas tiveram um aumento de 2,64%, demonstrando uma recuperação gradual e consistente. As locações, por sua vez, cresceram impressionantes 133,27%, destacando um mercado aquecido e com potencial de crescimento contínuo. Esses números refletem não apenas os desafios enfrentados, mas também as oportunidades que surgem no mercado imobiliário de São Carlos.”
Vendas: casas lideram preferência
Os dados mostram que 53% dos imóveis vendidos foram casas, enquanto 47% foram apartamentos. A maior parte dos imóveis negociados estava localizada nas regiões centrais (47,6%) e periféricas (45,2%), com apenas 7,1% nas áreas nobres.
O valor médio dos imóveis vendidos ficou abaixo de R$ 200 mil, sendo a maioria casas de 2 dormitórios com área útil entre 50 m² e 100 m², e apartamentos de 2 dormitórios com até 50 m².
No quesito financiamento, 66,7% das vendas foram realizadas com crédito da Caixa Econômica Federal, 13,9% com outros bancos, 5,6% diretamente com os proprietários, 8,3% à vista e 5,6% por meio de consórcios.
Locações em alta: imóveis de 3 dormitórios são os mais buscados
No mercado de locação, casas representaram 61% dos contratos, enquanto apartamentos corresponderam a 39%. A faixa de preço preferida pelos inquilinos ficou entre R$ 1.000,00 e R$ 1.500,00.
As casas mais procuradas tinham 3 dormitórios e entre 100 m² e 200 m² de área útil, e os apartamentos também apresentavam 3 dormitórios, com área de até 200 m².
Quanto à localização, os imóveis alugados se distribuíram quase igualmente entre periferia (34%), região central (31%) e bairros nobres (35%). A garantia mais utilizada foi o fiador.
Já entre os inquilinos que encerraram seus contratos em abril, 50% não informaram o motivo da mudança, 20% buscaram aluguéis mais baratos e 30% migraram para imóveis com aluguéis mais caros.