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quinta, 22 de maio de 2025
Artigo Rui Sintra

18 de maio - Tempo de eleições em Portugal

18 Abr 2025 - 07h08Por (*) Rui Sintra
18 de maio - Tempo de eleições em Portugal - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Portugal vai novamente a votos no próximo dia 18 de maio, depois de mais uma crise política ter eclodido e com ela a queda de um governo que prometia, finalmente, colocar o país em uma rota segura. Conchavos politico-partidários, ânsias de conquista do poder a qualquer custo, lançando jogos sujos, adiaram novamente programas importantes que esboçavam uma linha equilibrada para que Portugal avançasse. Em tempos de ruído político, de promessas fáceis e discursos inflamados, escolher em quem votar exige mais do que simpatia ou slogans: exige memória, coerência e atenção ao que realmente foi feito. Não basta dizer que “vai fazer” — é preciso mostrar o que já foi feito, como foi feito e por quem foi feito. Não falo apenas como cidadão português, mas como alguém que acredita que a política precisa voltar a ser um espaço de seriedade e compromisso no meu país. Em especial para nós, portugueses no exterior, que na maior parte das vezes somos lembrados apenas em tempos de eleição — e esquecidos no resto do ano. Assistindo ao desfile das inúmeras personalidades que tiveram a missão de conduzir os destinos do país nos últimos anos, principalmente no que diz respeito ao apoio aos portugueses que se encontram espalhados pelo mundo, é com muita clareza e transparência que aqui, neste espaço, devo enaltecer o trabalho feito pelos deputados eleitos no anterior governo e que agora voltam a se candidatar pelo Círculo Fora da Europa pela AD Coligação PSD/CDS. Refiro-me ao atual Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Cesário -, e ao deputado Dr. Flávio Martins, atual Presidente do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas, atendendo a que ambos já mostraram um conhecimento profundo das realidades da emigração portuguesa, com trajetórias marcadas pela defesa das comunidades espalhadas pelo mundo, não apenas com discursos, mas com ações concretas e presença real junto dos cidadãos. José Cesário, com sua experiência como secretário de Estado das Comunidades e deputado de longa data, tem sido uma voz firme no Parlamento Português por quem vive fora do país, enquanto que Flávio Martins é reconhecido pelo seu papel ativo na área da cidadania, da cultura e da ligação com a lusofonia — um verdadeiro construtor de pontes entre Portugal e os portugueses no mundo. A confiança nasce da coerência entre o que se diz e o que se faz e é por isso que, publicamente, sublinho o inestimável trabalho que ambos realizaram ao longo dos últimos onze meses em causas fundamentais, como: a proximidade  constante com as organizações e associações portuguesas; a instituição de um novo modelo de aporte com validade para dez anos; a atribuição de novos equipamentos para as permanências consulares; a defesa do voto ível e transparente para os emigrantes, incluindo a simplificação do processo de votação; a melhoria dos serviços consulares, com propostas para reduzir filas, tempos de espera e burocracias; a proteção dos direitos fiscais e sociais de quem vive no exterior, com especial atenção à tributação e ao regresso; e o fortalecimento do ensino da língua portuguesa e da identidade cultural das novas gerações fora de Portugal, entre outras medidas. Há políticos que representam números. Outros representam pessoas. No meu ponto de vista, José Cesário e Flávio Martins pertencem a este segundo grupo. São figuras que visitam, escutam, dialogam. Que aparecem nos consulados, nas comunidades, nas escolas de português. Que tratam o eleitor com respeito e não com distanciamento. Essa presença — física, política e simbólica — é cada vez mais rara. E por isso mesmo, essencial, daí que publicamente eu, enquanto cidadão português, tenha a necessidade de me posicionar politicamente, até porque entendo seja meu dever. Num tempo em que os extremos gritam e confundem, eu vou votar pela responsabilidade democrática, pela moderação e pelo diálogo. Meu dever é recusar o populismo fácil e apostar em quem realmente sabe o que faz — e faz com seriedade. Com estes candidatos a deputados pelo Círculo Fora da Europa tenho a firme convicção de que a política ainda pode — e deve — ser feita com seriedade, compromisso e respeito por quem vive fora de sua Pátria Mãe, mas que nunca deixou de estar em seu regaço.

O autor é jornalista profissional/correspondente para a Europa pela GNS Press Association / EUCJ - European Chamber of Journalists/European News Agency) - MTB 66181/SP.

Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.

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