(16) 99963-6036
sexta, 23 de maio de 2025
Saúde

Pesquisa investiga relação entre obesidade infantil, dor e qualidade de vida

Crianças, entre 8 e 11 anos, são convidadas para avaliação e orientação gratuita

25 Abr 2025 - 19h50Por Assessoria
Famílias interessadas podem inscrever as crianças até o mês de agosto (Foto: Pixabay) - Famílias interessadas podem inscrever as crianças até o mês de agosto (Foto: Pixabay) -

O acúmulo de gordura corporal pode desencadear um estado inflamatório causado pelos mecanismos de percepção e processamento do dor, impactando qualidades de funcionalidade e bem-estar das crianças. A partir dessa condição, uma pesquisa, realizada no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está convidando crianças obesas, ou não, entre 8 e 11 anos, para participarem de estudo que pretende compreender como a obesidade infantil pode afetar a qualidade de vida, a capacidade funcional e a percepção do dor em crianças. Os participantes do estudo serão avaliados e orientados, gratuitamente, pela equipe de pesquisa.

O estudo é orientado pela professora Helen Cristina Nogueira Carrer, do DFisio, e integra o projeto de Iniciação Científica das graduandas Vanessa Sartorelli Laissener e Ana Luiza de Jesus. A pesquisa também avaliará a influência de características de nascimento e dados sociodemográficos dos pais no contexto obesidade infantil.

De acordo com a orientada do estudo, a obesidade infantil pode impactar o dorso e a qualidade de vida por meio de mecanismos inflamatórios e biomecânicos, que aumentam a sensibilização central e periférica, favorecendo o aparecimento de dor. “Embora a relação causal ainda não esteja totalmente estabelecida, saiba-se que o excesso de gordura corporal pode tanto causar dor, pelo estresse mecânico e estado pró-inflamação, quanto ser consequência dela, devido à redução da atividade física como estratégia de desenvolvimento”, explica Helen Carrer, destacando que esse tema ainda é pouco explorado na literatura científica.

O objetivo da pesquisa é gerar evidências que contribuam para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde infantil. “Espera-se que os resultados indiquem pior processamento de dor e pior qualidade de vida em crianças com obesidade, em comparação com aquelas sem a condição”, complementa o docente.

Para realizar o estudo, são convidadas crianças, meninas ou meninos, entre 8 e 11 anos, que têm, ou não, obesidade e que morem em São Carlos. Os participantes farão uma visita presencial à UFSCar e arão por consulta com uma equipe de pesquisadores especializados, exames de composição corporal, testes físicos e sensoriais, além de questionários aplicados aos responsáveis. As crianças devem comparecer às avaliações com jejum de duas horas. Ao final, será entregue um relatório completo com dados importantes para o acompanhamento da saúde infantil.

Os responsáveis que quiserem incluir suas crianças na pesquisa deverão entrar em contato pelo WhatsApp (16) 99740-2583 até o mês de agosto.

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 82310324.2.0000.5504).

Leia Também

Últimas Notícias